Luiz Antônio Alves
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A morte do ex-presidente argentino Néstor Kirchner deixou em aberto o futuro político da Argentina e também afetou diretamente a estrutura da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), entidade que reúne os 12 países da região. Criada em 2004 e oficializada durante reunião em Brasília, em 2008, a Unasul permaneceu durante esses anos sob a presidência temporária do Equador, aguardando a definição do seu primeiro secretário-geral.
De acordo com o documento de criação da entidade, o secretário-geral seria o executivo que tomaria as primeiras providências para estruturar a Unasul, incluindo nesse trabalho um local para sua sede definitiva. No dia 4 de maio deste ano, Néstor Kirchner foi eleito para o cargo, por unanimidade, durante encontro em Buenos Aires que reuniu os presidentes de todos os países que integram a Unasul.
Na época, antes de declarar seu voto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a integração pretendida pela Unasul não se limita à teoria. "Acho que descobrimos que somente nossa organização pode garantir um novo rumo para a América do Sul e para a América Latina", destacou. Segundo Lula, a eleição de Kirchner para a Secretaria-Geral da Unasul seria mais uma etapa para a consolidação do grupo. "O Kirchner tem experiência, conhece o continente e também as dificuldades políticas e ideológicas que existem aqui. Acho que ele está 100% apto a ser um extraordinário secretário-geral da Unasul", destacou na ocasião.